Eu vi-te e sei que me viste... Ambos fingimos não ver, e dançámos com os olhos para outros palcos... Calámo-nos numa ignorância muda que não há voz que acorde... Fui embora.
É tarde... O sol já nasceu.
Não consigo dormir. As minhas pálpebras teimam em não cair. E prostrada na cama sinto que a única a cair sou eu, tudo o resto me abandona, a noite, o sono, Tu.
A descrença num sono descansado mantém-me desperta, alerta... No fundo sei que te espero... Por que não consigo dormir? Será por ti? Pela ânsia que ver-te provoca em mim? Será que me culpo, pelo que poderia viver? É isso! A culpa de todos os males é a culpa e a minha não é excepção. Que originalidade! Nem na culpa me basto. Quero mais!
Quero viver-me! Quero não mais querer ver-te, ter-te, mas apossaste-te de mim! Mesmo longe sinto-te perto, escuto o teu respirar a dormir a meu lado na cama. Não consigo mais ser peça solta sem ti! Mas mandei-te embora! Para expurgar-me, retornar a mim... Perdi-me em ti e contigo... Não quero, não posso! Mandei-te embora e agora não consigo dormir. Meu corpo não obedece e mantém-se desperto. Como que em vigília, espera-te. Mas tu não voltas. Voltas? Mandei-te embora...
Expulsei-te e hoje sei que também eu me fui de mim... Será isto o Amor? Que nos tira o sono, a fome, o gosto de tudo o que não tenha o teu?
Tive medo, confesso, e comandei o barco para não navegar em tão instável e sôfrega condição. Tracei nova rota... Mandei-te embora.
Hoje sou sombra, mutilada, alheia a mim... Sem vida. As sombras não sonham...
Não consigo dormir.
É tarde... O sol já nasceu.
Não consigo dormir. As minhas pálpebras teimam em não cair. E prostrada na cama sinto que a única a cair sou eu, tudo o resto me abandona, a noite, o sono, Tu.
A descrença num sono descansado mantém-me desperta, alerta... No fundo sei que te espero... Por que não consigo dormir? Será por ti? Pela ânsia que ver-te provoca em mim? Será que me culpo, pelo que poderia viver? É isso! A culpa de todos os males é a culpa e a minha não é excepção. Que originalidade! Nem na culpa me basto. Quero mais!
Quero viver-me! Quero não mais querer ver-te, ter-te, mas apossaste-te de mim! Mesmo longe sinto-te perto, escuto o teu respirar a dormir a meu lado na cama. Não consigo mais ser peça solta sem ti! Mas mandei-te embora! Para expurgar-me, retornar a mim... Perdi-me em ti e contigo... Não quero, não posso! Mandei-te embora e agora não consigo dormir. Meu corpo não obedece e mantém-se desperto. Como que em vigília, espera-te. Mas tu não voltas. Voltas? Mandei-te embora...
Expulsei-te e hoje sei que também eu me fui de mim... Será isto o Amor? Que nos tira o sono, a fome, o gosto de tudo o que não tenha o teu?
Tive medo, confesso, e comandei o barco para não navegar em tão instável e sôfrega condição. Tracei nova rota... Mandei-te embora.
Hoje sou sombra, mutilada, alheia a mim... Sem vida. As sombras não sonham...
Não consigo dormir.
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