Arrastei-me da cama e surgi diante mim... O corpo entorpecido bamboleou numa dança com as paredes e naquela dança zanga de corpo desengonçado percebi que, mais que o dia, havia algo que não via... Larguei o espelho.
Enfiei-me nos primeiros jeans e t-shirt que encontrei e com o cabelo de noite revolta agitei-me para a rua. Sentia-me anestesiada, mas com uma dormência boa... Não daquelas que nos ceifam os sentidos, mas daquelas que nos tranformam neles... E de tanto sentir ficamos dormentes. Respirava como se o ar me pesasse. Precisava comer. Tinha fome de vida, era esse o nome da minha náusea... Fui comer.
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