No Rio de Janeiro... Rio, riem, prendem-me, soltam-me, prendo, vou, vais, fico, fujo, tocam-me, toco, és, Sou, Amo-me, amam-me, danço, Sou, grito, escutam-me, escuto, beijam-me, beijo, canto, Sou, caio, levanto--me, celebro, Sou, caminhamos, vamos, paramos, olhamos, sentimos, somos, estou, fico, és, estás, ficas, amamo-nos, Amo-me, amo-te, amas-me, fujo, vais, perdemo-nos, voltas, vens, achas-me, olho-te, olhas-me, és, beijo-te, beijas-me, beijamo-nos, amamo-nos, somos, Sou, amo-te, Amo-me, perco-me, perdes-me, foges, vou, volto, amo-te, Sou, sonho-me, sonho-te, Amo-me, amo-te, amas-me, prendes-me, soltas-me, danço, grito, canto, Sou...

domingo, 27 de julho de 2008

Sem título

Quantas vezes tantas se nos esvazia a alma, poucas, a mente.... Nessas vezes poucas, tantas coisas auscultamos, tantos são os ares que nos enchem. E tantos são os tantos que nos entretantos perdem importância, pois fazem já parte de nossa substância, jazem já no que somos, e, jamais o somos sem ter sido. E não digo com isto que não possamos (re)criar-nos, a cada instante, mas a verdade é que, cada criação, vai prenhe dos instantes em que de facto existimos.

Ele fala pausadamente, como quem não tem medo da morte, pois pronuncia cada sílaba, sem o compasso do tempo, colocando nas palavras toda a força que estas podem abarcar. Mas essa força em nada pesa nas palavras, pelo contrário, na sua boca surgem leves, acariciadas pela mente e moldadas por uma inteligência maior, por uma alma consciente.
Ele não teme assumir que doeu, que sofreu, mas sabe que tudo isso, o fez hoje ver que a cada queda, de cada vez que se viu sumir, apagado do mundo, ressurgiu, mais seu, maior. Viu que se havia tornado Grande.
Enternece-me alguém assim, que não teme crescer, que quer ser mais de si, que se detém no tempo, mas que este não contém. A calma que empresta à vida pára o meu tempo, e por isso, gosto de estar perto, porque aí existimos.
E naqueles dias que queria não ser, reduzir-me à cumplicidade entre o nada e a náusea que tantas vezes me invade, nesses dias só alguém assim não me agride. Sei-lhe o valor, tirou-se a ferros de si mesmo, e sei que o que quer que seja, assenta-lhe na alma.

terça-feira, 1 de julho de 2008

E que fazer se agora quando escrevo penso em cada palavra pronunciada pela tua boca. Penso em cada entoação e conotação . Deixaram de ser minhas ou eu é que passei a esta submissão prazeiroza onde viraste meu senhor. Não o digo com qualquer medo , sou fêmea bem resolvida e por isso sei-me mulher. Acho que é umas das coisas que me gostas. Eu gosto quando gostas, quando vens e me tens.