No Rio de Janeiro... Rio, riem, prendem-me, soltam-me, prendo, vou, vais, fico, fujo, tocam-me, toco, és, Sou, Amo-me, amam-me, danço, Sou, grito, escutam-me, escuto, beijam-me, beijo, canto, Sou, caio, levanto--me, celebro, Sou, caminhamos, vamos, paramos, olhamos, sentimos, somos, estou, fico, és, estás, ficas, amamo-nos, Amo-me, amo-te, amas-me, fujo, vais, perdemo-nos, voltas, vens, achas-me, olho-te, olhas-me, és, beijo-te, beijas-me, beijamo-nos, amamo-nos, somos, Sou, amo-te, Amo-me, perco-me, perdes-me, foges, vou, volto, amo-te, Sou, sonho-me, sonho-te, Amo-me, amo-te, amas-me, prendes-me, soltas-me, danço, grito, canto, Sou...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dias assim...

Dias em que me entorpecem os sentidos, onde deixo o cheiro da vitória para trás e me agarra apenas a vontade do instante ausente, absorta que estou no meu nada e distante de tudo o que quero ser, nesse lugar tão meu, descanso por vezes, e aí, posso ser coisa nenhuma. Parecem ser dias inúteis, mas resgatam-me, preciso deles como dos mais felizes, e não sei em quais há mais verdade, ou nos quais ela se perde tão completamente para que a saiba.
Hoje nem o entardecer, nem o amornar dos céus me afagou... Não sei o que tenho... É uma amálgama de nostalgia, de dor não chorada, mas que não dói mais, de esperança espremida, comprimida no que deve ser, é um amontoado de seres e não seres que concitam dentro deste invólucro que hoje quase não me recebe, pois estou pouco em mim... Só me apetece dormir, deitar a cabeça e afogar-me na nuvem de algodão e sentir. Hoje não sinto, ou se sinto, minto. Hoje sou trapaceira, mas finjo duma forma que me sei eu mentira, e ela cresce de tal forma em mim, que me reduz a uma apatia ou se faz verdade muda...