Alma livre, empoeirada
Leva entranhado o pó da estrada
Uma poeira leve, dourada.
E sei-me também eu grão,
Errante, viajante delirante,
A cada delírio são, em cada passo vão, distante.
Colhi pelo caminho os pós prilimpimpim
Aqueles que fazem sempre mais de mim
Os pós mágicos, sementes de ilusão
Que germinam a quem lhes estende a mão
Trago-os sempre no bolso,
Por vezes sacudo-os do dorso,
Quando encolho as asas.
E quando diante do nada,
Lembro-me de minha condição de fada
E o nada vira arremesso
E nesse salto me aqueço
E sigo nova estrada
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário