Alguns confessam-se a padres, outros às paredes, outros ao espelho, eu converso com o último, e entrego-me e arrasto-me pelas palavras. Só a elas segredo o que ninguém desconfia gritar em mim. Preciso delas como de ar, elas enchem-me a mente de tal forma, que por vezes penso que a loucura é meu berço, e que a sanidade é apenas o véu de tule que o cobre. Mas são o barro onde me moldo a cada dia, nelas me ponho real, ou na ilusão que quero ser, ou apenas na ficção que me entretém o tédio. Nelas te expulso, por momentos, de mim.
Elas sabem, repetem-se tantas vezes, sabem que tento sair do casulo do orgulho e evolar-me da sanidade e ser solta no prazer mediato, profundo, que é sermos quem somos sem o pensar, apenas sendo. Cada vez mais me permito. Mas com ou sem orgulho tenho saudades, de ti. Mas não te digo e não por ser forte, antes por ser fraca e por nada querer de ti. Não quero palavras meigas, condescendentes, apenas quero que me escutes e me acolhas nessa saudade, que me tomes como só tu sabes, pois aí, nesse lugar que apenas nós conhecemos, por instantes, pertenço aqui, de forma sublime.
Elas sabem, repetem-se tantas vezes, sabem que tento sair do casulo do orgulho e evolar-me da sanidade e ser solta no prazer mediato, profundo, que é sermos quem somos sem o pensar, apenas sendo. Cada vez mais me permito. Mas com ou sem orgulho tenho saudades, de ti. Mas não te digo e não por ser forte, antes por ser fraca e por nada querer de ti. Não quero palavras meigas, condescendentes, apenas quero que me escutes e me acolhas nessa saudade, que me tomes como só tu sabes, pois aí, nesse lugar que apenas nós conhecemos, por instantes, pertenço aqui, de forma sublime.
As palavras dançam dentro e sob meus dedos e sabem o sinónimo de saudade, sabem escrever-te, mesmo que nunca me denunciem, pois vives nas minha entrelinhas. Estás sempre lá, e quando te fujo acabo sempre por voltar a ti, a saudade resgata-te sempre. Não te prendo a nenhum desejo futuro, aliás não te prendo a nada, e no entanto nunca tive tanto ninguém. Acho que inverteste mais do que a minha lógica, subverteste-me de tal forma que cada vez mais quero ser eu. Talvez por isso te queira tanto. Talvez por isso te deixe longe.
1 comentário:
adorooooooooo
zeza
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