E o que fazer se quando sou, grito
O inaudível som, que só os mais desatentos tocam
Aqueles tantos que perdem tempo e vivem seus talentos
Que mirram quando chove, e escutam
E juntam-se-me no eco, no brilho de cada sol
E perdem-se no meio para nunca chegar ao fim
E não pescam, mas trazem sempre ao peito um anzol
E gritam não quando os olhos dizem sim
E começam onde caíram
E sempre se levantam
E amam lá pelo fim, só para fazer um não
Virar sim, um precipício
Onde constroem um início
E precipitam de novo um grito
No agito que cada vento arranca ao corpo cansado
Molestado pelo tédio passional
No arranha céus da loucura sei-me inquilina
Sei a linha ténue e curvilínea
Que me mantém sã
E salva da sensatez plural
O meu mais forte apito,
O que me acorda pela manhã
Revolve meu corpo, envolve-me os sonhos
Toca como se cada dia fosse um cais
Onde me atraco, pernoito
Ou barco afoito que sou
Apenas deixo para trás
E presa a cada grito solto não fico, vou
E raramente tenho frio
Pois fiz dos sonhos agasalho
Uma manta de retalhos
Que não tem princípio ou fim... Crio.
O inaudível som, que só os mais desatentos tocam
Aqueles tantos que perdem tempo e vivem seus talentos
Que mirram quando chove, e escutam
E juntam-se-me no eco, no brilho de cada sol
E perdem-se no meio para nunca chegar ao fim
E não pescam, mas trazem sempre ao peito um anzol
E gritam não quando os olhos dizem sim
E começam onde caíram
E sempre se levantam
E amam lá pelo fim, só para fazer um não
Virar sim, um precipício
Onde constroem um início
E precipitam de novo um grito
No agito que cada vento arranca ao corpo cansado
Molestado pelo tédio passional
No arranha céus da loucura sei-me inquilina
Sei a linha ténue e curvilínea
Que me mantém sã
E salva da sensatez plural
O meu mais forte apito,
O que me acorda pela manhã
Revolve meu corpo, envolve-me os sonhos
Toca como se cada dia fosse um cais
Onde me atraco, pernoito
Ou barco afoito que sou
Apenas deixo para trás
E presa a cada grito solto não fico, vou
E raramente tenho frio
Pois fiz dos sonhos agasalho
Uma manta de retalhos
Que não tem princípio ou fim... Crio.
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