Jurei não mais chorar, não mais me dar ao desconhecido que aperta meu peito... Não dói, porque nada espero, esperava, mas escorre-me pelo rosto... E eu que jurei não mais ser assim, mas por dentro, não sei se não celebro, pois provaste-me que ainda sou capaz de sentir... Hoje soube que o caminho ganhou novo norte... Nunca te cobrei um destino, mas levei-me, sem querer, até ti... Sou alma solta, mas solto-me nas coordenadas da intuição... Não entendo o que me apontou até ti... Se nada tens para me dar, porquê minha bússola aponta para aí, o que quer que seja, hoje deixei-te na berma do que poderia ser, na estrada de mim mesma... Não mais a quero seguir... No entanto apareceste-me, desnorteaste-me, encantador... Estavas deliciosamente perigoso... Afagaste-me os olhos e toda a libido que me sustinha de pé, que me dava força para te tratar como igual... Quando na verdade te vejo além de todos... Para lá de todos.
Estou livre... Soltei-me da ilusão que sem querer, mas crendo me prendia a ti. Sou de novo poeta, solta na métrica das ruas, na poesia de almas perdidas, que crendo, me encontram. Espero que te reúnas no melhor de ti, pois a mim resta-me ser feliz. Sê-lo-ei.
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