No hiato do tempo dos homens, Sou. Adoro não me pensar, deixar que me levem de mim... Que me rasguem o peito de ternura, que me mimem e que não me tentem a desamar... Eu sou ser dado, rolante, giro no grito do medo e sussuro-lhe palavras meigas ao ouvido, estico-lhe os dedos, aperto-lhe a mão. Nem todas as mãos nos servem, nem todas se nos dão. A cada tempo, sem se importar com este, o Universo manda Presentes... Seres de luz que nos tocam com a subtileza que só os cúmplices têm... Não se anunciam, não gritam por nós, apenas se dão... Tu chegaste com a Lua... Ao cair da noite vieste. Senti-te Grande desde que te vi. Nos olhos de felina revi os meus, na voz embargada de emoção embalei a minha... Senti vontade de ter conversas intermináveis... Mas o que me calou e cala é que ao pé de ti não preciso falar... Assim é a Lua.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
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1 comentário:
Mas a lua não tem mãos e os dedos da luz queimam de calor... e no hiato do tempo dos Homens tu és Mulher...
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