Disseram-me hoje ao ouvido:
Não acredito em segredos
Disseram-me, sussurrando
Aquele dia, o quando
Disseram-me ao ouvido, que mesmo gritando
Não desvendo, e às vezes, sussurrando
Ponho tanto ou quero mais,
Intento nos medos que não visam glória
(Gloriosos vendavais)
Porque confesso, baixinho, àquele ouvidinho
Amor grande sem memória
Que não se recria, existe, que não só tenta,
Persiste... No regresso, no sussurro
Alegre murro de infinita virtude
Que agita, sacode, que faz e pode
Que se deixa ser ao colo, tolo
Que se promove, mas acolhe
E é colhido pelos braços
De aberto ouvidinho, que nos aperta
Atrai, alma esperta, amíude,
Ouvidos de olhos abertos
Espertos a brilhar
Que nada fazem, são...
E aí nos rendemos à evidência
Da escuta, ou da outra mão
(E não mais gritamos, porque tudo é perto
E mesmo sem errados, tudo é certo)
quarta-feira, 24 de março de 2010
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