Sei-te diferente, sinto-te o gosto...
Um travo quente
Que me aquece o frio da espinha
De cada vez que a tua língua encontra a minha
És um quente frio...
Sei-te tão teu que jamais serás meu
Mas gosto-te assim, livre, despenteado
Entrelaçado em mim
Não te sei bom ou mau mas sei-te em mim
Não te sei anjo ou diabo mas vejo-te as asas
Gosto-te dos olhos, do cheiro...
Já os sei de cor
Mas não te quero gostar
Ainda me perco de mim
Na língua tua
Já lhe conheço a dança, mas finjo não lembrar
Não lhe conhecer os passos
Morde-me a ânsia, trincas-me os lábios
Por entre abraços
Afogo-me em ti, não me quero salvar
Quero fugir-te mas vou até ti
E no teu quente frio perco o fio...
Não quero mais saber de mim, de ti
Apenas sentir-te o gosto
Ver teu rosto de moldura emaranhada
E sentir-me naquele momento, em ti enleada,
Mulher amada...
sexta-feira, 28 de março de 2008
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