No Rio de Janeiro... Rio, riem, prendem-me, soltam-me, prendo, vou, vais, fico, fujo, tocam-me, toco, és, Sou, Amo-me, amam-me, danço, Sou, grito, escutam-me, escuto, beijam-me, beijo, canto, Sou, caio, levanto--me, celebro, Sou, caminhamos, vamos, paramos, olhamos, sentimos, somos, estou, fico, és, estás, ficas, amamo-nos, Amo-me, amo-te, amas-me, fujo, vais, perdemo-nos, voltas, vens, achas-me, olho-te, olhas-me, és, beijo-te, beijas-me, beijamo-nos, amamo-nos, somos, Sou, amo-te, Amo-me, perco-me, perdes-me, foges, vou, volto, amo-te, Sou, sonho-me, sonho-te, Amo-me, amo-te, amas-me, prendes-me, soltas-me, danço, grito, canto, Sou...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

GPS

Envolta em pensamentos que me traem, como se me cosessem os músculos, me tornassem mole, mate, prenderam-me o cérebro à alma, fizeram-me uma estrada sem sentido maior onde os meus neurónios navegam com GPS.
Entediada pelo movimento sempre tão igual das coisas, subimos e caímos, e voltamos a subir, e voltamos ao chão, e temos uma vez mais o pé no primeiro degrau, uma escada em que não sabemos o norte e o sul, onde a verticalidade se expande para algo maior e mais difícil, onde a visão ganha periferias e apenas se sente no passo o princípio do fim.
Tenho que voltar à convicção, a quem sou e quero ser, tenho que deixar de pensar na queda, que tenho tanto pela frente, que só me cresce na falta, e pensar que tenho tudo e o todo à minha frente, pensar que tenho a oportunidade de voltar a fazer este caminho onde sempre me encontro, que já lhe conheço os passos, posso dar-lhe dar novo ritmo, posso permitir-me arriscar (mais) e tenho que deixar de pensar nas contusões de alma, nessas coisas que fizeram forte, mas duma força que apenas me guarda do que me completa. Sinto a frustração de quem não mais crê com a mesma força, de quem precisa ver o final da história para saber se vale a pena continuar. Saudades de mim, daquela que sei ser...

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