No Rio de Janeiro... Rio, riem, prendem-me, soltam-me, prendo, vou, vais, fico, fujo, tocam-me, toco, és, Sou, Amo-me, amam-me, danço, Sou, grito, escutam-me, escuto, beijam-me, beijo, canto, Sou, caio, levanto--me, celebro, Sou, caminhamos, vamos, paramos, olhamos, sentimos, somos, estou, fico, és, estás, ficas, amamo-nos, Amo-me, amo-te, amas-me, fujo, vais, perdemo-nos, voltas, vens, achas-me, olho-te, olhas-me, és, beijo-te, beijas-me, beijamo-nos, amamo-nos, somos, Sou, amo-te, Amo-me, perco-me, perdes-me, foges, vou, volto, amo-te, Sou, sonho-me, sonho-te, Amo-me, amo-te, amas-me, prendes-me, soltas-me, danço, grito, canto, Sou...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Preto e Branco

Mistura insolúvel, que bóia em mim... Coisas aos pedaços que se atropelam e ficam, querem ficar, querem ser assim, baças, querem ser assim misturas, e misturadas. Não me querem só, oferecem-me bipolaridades, sensações, cheiros, tesões de vida tripartidos.
Ontem falava-se da vida, rebolavam palavras várias em línguas soltas, sobre ser a preto e branco, e fez-se ouvir o coro do não, dos cinzas, dos néons, das nuances, das matizes, e um dos meus amigos ripostava que os cinzentos somos nós que os criamos, são meras construções, invenções cromaticonervosas (nota mental: adoro estas palavras que juntas, e formando uma nova a meu bel-prazer, me trazem sensações simultâneas, sinestesias.) ... Talvez, mas acho que precisamos tanto deles, como do breu do preto e como da luz do branco, o assim assim , o um pouco menos, do que tantas vezes nos queixamos, faz-nos aguentar, ajustar, acomodar e rebelar, agitar, ir para, levantar, transformar. Eu gosto destes cinzentos que são misturas exactas e únicas, pois ninguém os tem iguais. Eu gosto desta matiz que nada quer, mas que te faz querer, que faz chegar até ti o mais difícil, a espera, sim porque ela também chega, ou chegamos nós lá, a esse banco invisível acabado de pintar, onde nos sentamos para nos sujar, ou onde ficamos em pé até não mais aguentarmos as pernas... De qualquer forma, esse banco no meu jardim já foi tão odiado, no tempo em que achava que só andava com as pernas, no tempo em que achava que parada não ia a lado nenhum, num tempo em que nada, ninguém me parava... Até que parei.

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